Aguarde, por favor...
A aplicação de ar pressurizado para o tratamento de algumas doenças respiratórias remete a antes de 1662. Utilizada por suas virtudes terapêuticas há longos anos (HENSHAW 1662, JUNOT 1834 , e PRAVAS ,1837) , a Oxigenoterapia Hiperbárica conheceu fases diversas.
O uso de oxigênio medicinal foi pela primeira vez relatado em 1794 por Beddoes, enquanto que o primeiro artigo descrito com o emprego de oxigênio hiperbárico foi Fontaine em 1879. Na década de 1930 foram realizados estudos pela marinha americana e inglesa visando o tratamento da doença descompressiva em mergulhadores. No Brasil trabalhos pioneiros foram desenvolvidos no Hospital Gaffré-Guinle, no Rio de Janeiro, no período de 1930 a 1940 por cientistas brasileiros.
O desenvolvimento a partir de então foi essencialmente devido aos serviços hospitalares de reanimação e urgência, progressivamente equipados com câmaras hiperbáricas. Entre os pioneiros, destacam-se M. Goulon em Garches, A. Larcan em Nanci e P.h. Chresser em Marseille.
É de fundamental importância, apesar do desconhecimento perante as comunidades científicas nacional e internacional, o trabalho pioneiro realizado pelo Dr. Ozório de Almeida, que no Hospital Gafrée e Guinle entre 1932/1936 descreveu os resultados clínicos e laboratoriais obtidos no tratamento da hanseniase com câmara hiperbárica, cujo acervo pode ser encontrado na biblioteca do Instituto Oswaldo Cruz (RJ).