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Informações gerais

SOBRE O MÉTODO


MEDICINA HIPERBÁRICA

O que é?

A Medicina Hiperbárica é o ramo da medicina responsável pelo estudo e implementação das normas técnicas e de segurança em ambientes pressurizados, aplicados para o tratamento das patologias causadas pelas variações de pressão sobre o organismo humano. É também responsável pelo estudo e estabelecimento de protocolos de tratamento para todas aquelas patologias para as quais o oxigênio sob pressão tem a função de potente ferramenta auxiliar de tratamento.


O QUE É OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA?

A Oxigenoterapia Hiperbárica consiste em um método terapêutico no qual o paciente é submetido a uma pressão maior que a atmosférica, no interior de uma câmara hiperbárica, respirando oxigênio à 100%. Consiste em um tratamento adjuvante, empregado em associações com intervenções cirúrgicas, antibioticoterapia e suporte nutricional, diminuindo o índice de sequelas, cirurgias, amputações, medicamentos e, consequentemente, o custo global do tratamento.


TIPOS DE CÂMARA HIPERBÁRICA

A câmara hiperbárica consiste em um compartimento selado resistente à pressão que pode ser pressurizado com ar comprimido ou oxigênio puro. Pode ser de grande porte, acomodando vários pacientes simultaneamente (câmaras multiplaces), ou de tamanho menor, acomodando apenas o próprio paciente (câmaras monoplaces).


EFEITO ESPERADO

O efeito primário da Oxigenoterapia Hiperbárica consiste em aumentar a pressão parcial do oxigênio no plasma e consecutivamente na área acometida, atuando como um acelerador do processo de cicatrização e consequentemente, restaurando as funções orgânicas locais.


AS SESSÕES

Cada exposição do paciente a OHB por determinado tempo denomina-se sessão. Estas sessões são realizadas em média de 90-120 minutos cada, de forma intermitente, com uma sessão diária e por vários dias.


PERGUNTAS FREQUENTES

Consulte a nossa sessão de “perguntas frequentes“ e esclareça suas dúvidas referentes à oxigenoterapia hiperbárica.

VÍDEO EXPLICATIVO

Agradecemos a Hiperbárica de São Paulo por nos ter autorizado a divulgar o vídeo sobre Oxigenoterapia Hiperbárica.


Descrição do procedimento

COMO FUNCIONA?

Os mecanismos fisiológicos da Oxigenoterapia Hiperbárica iniciam-se com a inalação do oxigênio puro, em ambiente hiperbárico, que proporciona o aumento da quantidade de oxigênio molecular dissolvido no plasma, das tensões arteriais deste gás e da sua transferência para os tecidos.


CONDIÇÕES NORMAIS

Antes do tratamento

Na atmosfera, a pressão de oxigênio é de 150mmHg. À medida que o ar percorre a árvore traqueobrônquica, em direção aos alvéolos, a pressão parcial do oxigênio é reduzida para aproximadamente 100mmHg ao misturar-se com o ar residual, de pressão de oxigênio mais baixa, devido à remoção de oxigênio pelo sangue.

O gradiente através do leito capilar alveolar dos pulmões é de aproximadamente 10mmHg, produzindo uma pressão parcial de oxigênio no sangue de 90mmHg. Neste nível de oxigênio, a hemoglobina do sangue circulante apresenta uma saturação de aproximadamente 97%, com um conteúdo de cerca de 20ml/100cm3 de sangue. O oxigênio dissolvido no plasma, em solução física, atinge, 0,3ml/100cm3 de sangue (0,3 volumes %).


RESPIRANDO OXIGÊNIO 100%

Início do tratamento

A inalação de oxigênio a 100%, na pressão atmosférica normal, aumenta a tensão de oxigênio do ar respirado de 150 para 760mmHg. A pressão parcial atingida no sangue venoso pulmonar, aproxima-se de 650mmHg.

Este aumento da pressão parcial do oxigênio não afeta significativamente o nível de oxihemoglobina transportada do sangue, cuja saturação aumenta apenas de 97 para 100%. Aumenta, entretanto, o conteúdo do oxigênio dissolvido no plasma, para um nível de 2ml/100cm3 de sangue, ou 2 volumes %. Esta alteração corresponde a um aumento de 700% do oxigênio dissolvido e é igual a 10% do oxigênio transportado pela hemoglobina.



DENTRO DA CÂMARA HIPERBÁRICA

Aumento da pressão atmosférica

A partir do momento em que o paciente é posto no meio de pressão igual a 2 atmosferas, a pressão parcial do oxigênio no meio ambiente é elevada de 760mmHg para 1520mmHg. Respirando o oxigênio a 100%, com uma pressão parcial de 1520mmHg, a pressão parcial do oxigênio do sangue arterial eleva-se para 1400mmHg. Isto aumentará o conteúdo de oxigênio dissolvido no plasma para um nível de 4ml para 100cm³ de plasma. Sem aumento adicional no oxigênio transportado pela hemoglobina, o oxigênio dissolvido corresponde agora a 20% do oxigênio na hemoglobina.

Quando a pressão do meio em que se encontra o paciente é elevada para 3 atmosferas, a pressão parcial do oxigênio disponível para a respiração deste gás a 100% é aumentada para 2280mmHg, de modo que o conteúdo do oxigênio dissolvido no plasma é de 6 volumes %. O aumento do oxigênio dissolvido no plasma é diretamente proporcional ao aumento da pressão ambiente (Lei de Henry). Com apressão parcial do oxigênio a 3000mmHg, os 6 volumes % de oxigênio dissolvido excedem a diferença de 4 a 5 volumes %.



RESULTADO

Como o organismo reage

O oxigênio dissolvido pode, então, proporcionar a maior parte do oxigênio extraído pelo cérebro, pelas vísceras, pelos rins e pelos músculos inativos. Uma grande porção do oxigênio extraída pelo miocárdio pode ser suprida por este oxigênio não combinado, permitindo assim a existência de “vida sem sangue” ou hemoglobina.

Para, além disso, a Oxigenoterapia Hiperbárica causa uma vasoconstrição hiperóxica, não hipoxemiante, seletiva, que ocorre predominantemente ao nível dos tecidos sãos, com atenuação do edema e redistribuição da volemia periférica a favor dos tecidos hipóxicos (efeito Robin Hood), reforçando os efeitos anti-isquêmicos e anti-hipóxicos desta terapêutica.

Em determinadas situações patológicas que cursam com hipóxia ao nível dos tecidos, como no caso das feridas, essa maior disponibilidade local de oxigênio molecular, promove a sua cicatrização através do aumento, quantitativo e qualitativo do colágeno fibroblástico depositado ao nível da matriz extracelular do tecido conjuntivo; estimulação da angiogênese local; reepitelização; e; combate à infecção local com aumento da atividade fagocitária das bactérias e da sua lise, sinergismo em relação a certos antibióticos, efeito bacteriostático e bactericida.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Sobre a Medicina Hiperbárica

A aplicação de ar pressurizado para o tratamento de algumas doenças respiratórias remete a antes de  1662. Utilizada por suas virtudes terapêuticas há longos anos (HENSHAW 1662, JUNOT 1834 , e PRAVAS ,1837) , a Oxigenoterapia Hiperbárica  conheceu fases diversas.

O uso de oxigênio medicinal foi pela primeira vez relatado em 1794 por Beddoes, enquanto que o primeiro artigo descrito com o emprego de oxigênio hiperbárico foi Fontaine em 1879. Na década de 1930 foram realizados estudos pela marinha americana e inglesa visando o tratamento da doença descompressiva em mergulhadores. No Brasil trabalhos pioneiros foram desenvolvidos no Hospital Gaffré-Guinle, no  Rio de Janeiro, no período de 1930 a 1940 por cientistas brasileiros.


O desenvolvimento a partir de então foi essencialmente devido aos serviços hospitalares de reanimação e urgência, progressivamente equipados com câmaras hiperbáricas. Entre os pioneiros, destacam-se M. Goulon em Garches, A. Larcan em Nanci e P.h. Chresser em Marseille.

É de fundamental importância, apesar do desconhecimento perante as comunidades científicas nacional e internacional, o trabalho pioneiro realizado pelo Dr. Ozório de Almeida, que no Hospital Gafrée e Guinle entre 1932/1936 descreveu os resultados clínicos e laboratoriais obtidos no tratamento da hanseniase com câmara hiperbárica, cujo acervo pode ser encontrado na biblioteca do Instituto Oswaldo Cruz (RJ).

Veja as perguntas frequentes e esclareça suas dúvidas!

PERGUNTAS FREQUENTES

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